Administração Trump prepara-se para associar paracetamol durante gravidez a risco de autismo

Os responsáveis norte-americanos vão ainda anunciar uma investigação sobre o fármaco leucovorina, que poderia, segundo alegações iniciais, tratar o autismo
A administração de Donald Trump prepara-se para associar o uso do medicamento Tylenol – conhecido como paracetamol na maior parte dos países, incluindo Portugal – por mulheres grávidas a um alegado risco de autismo, contrariando as orientações médicas, avança o jornal “The Washington Post”.
Segundo o mesmo jornal, os responsáveis norte-americanos vão ainda anunciar uma investigação sobre o fármaco leucovorina, que poderia, segundo alegações iniciais, tratar o autismo. As informações foram reveladas por quatro fontes anónimas próximas dos planos.
As orientações médicas atuais consideram seguro o uso de paracetamol durante a gravidez. O medicamento, vendido sem receita, é conhecido como acetaminofeno nos Estados Unidos.
Donald Trump antecipou a iniciativa durante o memorial do ativista conservador Charlie Kirk, afirmando: “Acho que encontramos uma resposta para o autismo”. No sábado, descreveu o anúncio como “uma das coisas mais importantes que faremos”.
Estudos iniciais com leucovorina em crianças com autismo mostraram “melhorias notáveis na capacidade de falar e compreender os outros”, embora os ensaios ainda sejam considerados preliminares.
O secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., afirmou que os EUA vivem uma “epidemia de autismo” alimentada por “toxinas ambientais”. A investigação científica aponta para uma combinação de fatores genéticos e ambientais como contributos possíveis para o autismo, mas sem conclusões definitivas.
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