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Bannon, MAGA e Musk às avessas: serão as divisões demolidoras para os Estados Unidos?

Elon Musk e Steve Bannon, frente a frente na Casa Branca, em 2017
Elon Musk e Steve Bannon, frente a frente na Casa Branca, em 2017
Chip Somodevilla

Ambos são intensamente pró-Trump, mas Musk é quem goza de maior influência agora, graças às suas contribuições para a campanha do Presidente eleito. Bannon foi remetido para o papel de um estranho populista, linha dura em relação à imigração e ao “deep state”. Trump pode fazer dos que disputam a sua atenção peões no seu jogo “autoritário”

Há muito que Steve Bannon deseja a destruição do Estado americano moderno, que considera cativo das forças liberais woke. “É um agente do caos, e acredita que, se fosse possível “rebentar” com o Estado, algo de novo e melhorado poderia ser construído sobre as cinzas”, diz ao Expresso Stephen L. Newman, professor emérito de política na Universidade de York (Toronto), que escreveu sobre o conservadorismo americano em “The Libertarian Revolt Against the Modern State” [A Revolta Libertária Contra o Estado Moderno]. É por vezes difícil discernir uma ideologia coerente na retórica do antigo ideólogo e conselheiro de Donald Trump. No entanto, certos temas recorrentes vão emergindo entre o ruído.

Nos últimos dias, Bannon chamou “racista” ao novo protegido de Trump, Elon Musk, caracterizando-o também como um “tipo verdadeiramente mau”, que quer “derrubar” e “expulsar do movimento MAGA”. Numa entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”, Bannon criticou a defesa que o multimilionário da tecnologia fez de algumas formas de imigração e prometeu garantir que Musk não terá “livre passe” na Casa Branca. “Antes, porque ele investiu dinheiro, eu estava disposto a tolerar isto, mas já não estou.”

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