EUA

Biden diz que cansaço prejudicou prestação no debate com Trump

Donald Trump e Joe Biden no primeiro debate presidencial de 2024, que decorreu nos estúdios da CNN, em Atlanta, a 27 de junho
Donald Trump e Joe Biden no primeiro debate presidencial de 2024, que decorreu nos estúdios da CNN, em Atlanta, a 27 de junho
The Washington Post

Esta prestação provocou uma onda de pânico no campo democrata, onde agora se questionam abertamente as capacidades de Joe Biden para mais um mandato na Casa Branca e o futuro da sua candidatura

O Presidente norte-americano e candidato à reeleição, Joe Biden, justificou na terça-feira a sua fraca prestação no debate com o concorrente conservador, Donald Trump, na quinta-feira passada, com o cansaço provocado pelas suas recentes viagens internacionais.

Biden disse que "não foi muito inteligente" ter "viajado várias vezes pelo mundo" pouco antes deste confronto, e que chegou a "quase adormecer no palco" durante uma reunião com doadores democratas perto de Washington, acrescentando: "Isto não é uma desculpa, mas uma explicação".

"Não dei ouvidos aos meus conselheiros", reconheceu o Presidente democrata, de 81 anos, cinco dias depois do debate em que pareceu muito confuso e, por vezes, completamente perdido perante o seu antecessor republicano, que deverá enfrentar em novembro nas eleições presidenciais.

Até agora, o principal argumento dos seus apoiantes era que Joe Biden tinha tido uma "má noite" e que sofria de uma "constipação" que afetava o seu discurso.

Esta prestação provocou uma onda de pânico no campo democrata, onde agora se questionam abertamente as capacidades de Joe Biden para mais um mandato na Casa Branca e o futuro da sua candidatura.

O Presidente dos EUA esteve em França de 5 a 9 de junho, para as cerimónias do desembarque dos Aliados na Normandia e para uma visita de Estado. No dia da sua chegada, 5 de junho, depois de ter passado a noite em viagem, permaneceu no hotel durante todo o dia.

Em seguida, deslocou-se a Itália, de 12 a 14 de junho, para uma cimeira do G7, seguida de uma viagem de campanha à Califórnia.

O democrata retirou-se então durante seis dias para preparar o debate com os seus conselheiros na residência de Camp David, perto de Washington, período durante o qual não realizou qualquer atividade pública.

Por outro lado, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou-se na terça-feira "orgulhosa" de ser a "parceira" de Joe Biden nas eleições de novembro, apesar do aceso debate em torno do estado de saúde do líder democrata.

"Joe Biden é o nosso candidato, derrotámos Donald Trump uma vez e vamos voltar a derrotá-lo", afirmou à CBS News.

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