Há mais de um ano que Joe Biden e Xi Jinping não estavam cara a cara. Durante esse tempo, as chefias militares dos países que lideram, Estados Unidos e China, respetivamente, também não comunicaram entre si, abrindo-se a possibilidade de uma reação desproporcionada a atos isolados de parte a parte.
Foi o que se temeu no início deste ano, quando Washington acusou Pequim de enviar um balão espião que atravessou o território continental americano a partir do Pacífico, acabando por ser abatido junto à costa da Carolina do Sul, já em pleno Atlântico. “Um passo em falso poderá ditar algo indesejado para todos”, afirma ao Expresso Susan Thornton, professora de Direito na Universidade de Yale e ex-diplomata do Departamento de Estado americano, onde chefiou várias missões ao império do meio. “A ausência de diálogo gera desconfiança, amplifica a espiral de tensão e, acima de tudo, aumenta o risco de uma crise entre as duas potências”.
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