Passou um ano desde que a minha vida mudou radicalmente com o telefonema de um amigo jornalista a dizer-me que o Dom tinha desaparecido no Vale do Javari. Pela preocupação na voz dele, percebi que era improvável que Dom ainda estivesse vivo.
Tanto eu como o Dom sabíamos que a sua investigação sobre atos criminosos contra a floresta tropical e os seus defensores poderia um dia colocá-lo em risco. Mas nunca acreditámos que isso pudesse realmente acontecer. O Dom seguia rigorosos protocolos de segurança e era muito cuidadoso e atento aos detalhes das suas viagens, organizando os itinerários e enviando-me toda a informação, bem como os contactos.
A busca por Dom e Bruno foi angustiante. O meu maior receio era que os seus corpos nunca fossem encontrados. Rezei com toda a minha fé para que fossem encontrados, para que pudéssemos seguir em frente e fazer o luto.
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