Protestos de camionistas pró-Bolsonaro prosseguem, mas o número de bloqueios está a diminuir

O número de bloqueios desceu para 86, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas ainda afetam 11 estados brasileiros
O número de bloqueios desceu para 86, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas ainda afetam 11 estados brasileiros
A data de hoje marca o quarto dia de protestos de camionistas alinhados com Jair Bolsonaro contra a vitória eleitoral de Lula da Silva, confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no passado domingo, dia 31 de outubro. Espalhados por todo o território brasileiro, os manifestantes ainda estão a bloquear estradas federais em 86 pontos distintos, avança o jornal brasileiro Estadão, um valor que representa uma descida significativa face ao dia anterior, quando o número de bloqueios rondava os 150.
Citando informação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os protestos estão a afetar 11 estados, sendo o de Santa Catarina o mais afetado, contabilizando 30 ocorrências. Segundo as mesmas fontes, foram desfeitas 834 manifestações desde domingo.
No estado de São Paulo, um dos mais afetados inicialmente, a atuação musculada das tropas de Choque da Polícia Militar de São Paulo permitiu desimpedir todas as vias que estavam ocupadas pelos manifestantes. Após o despacho de Alexandre de Moraes, magistrado do Supremo Tribunal Federal e Presidente do TSE, que autorizou a atuação da polícia militar, as autoridades intervieram com recurso a jatos de água e granadas de fumo e através do uso de carros blindados.
A diminuição da escala dos protestos chega após uma declaração do ainda Presidente Jair Bolsonaro, que publicou um vídeo nas redes sociais onde apelou aos seus apoiantes para desimpedir as estradas de forma a não perder a “legitimidade”.
Notando estar “tão chateado” e "tão triste" como os manifestantes, Bolsonaro, contudo, reforçou o seu pedido para um cessar nas hostilidades: "O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição. E nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Eu tenho que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além de prejuízo a nossa economia".
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