Eleições no Brasil

Tribunal indefere denúncias de Bolsonaro sobre crime de propaganda eleitoral

Lula da Silva e Jair Bolsonaro
Lula da Silva e Jair Bolsonaro
Alexandre Schneider

As provas apresentadas pela campanha de Bolsonaro não têm “base documental crível" e os “erros e inconsistências apresentados” neste pedido de investigação são “patentes”, afirma o presidente do TSE, Alexandre de Moraes

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil negou quarta-feira o pedido para investigar alegados crimes de utilização de espaços de propagada eleitoral na rádio denunciada pela campanha de Jair Bolsonaro.

Na sua justificação, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, indicou que as provas apresentadas pela campanha de Bolsonaro não têm “base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova". "Os erros e inconsistências apresentados nessa pequena amostragem de oito rádios' são patentes", frisou.

O responsável máximo pela justiça eleitoral criticou ainda o facto de os autores da queixa terem apontado “uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível”.

A campanha de Bolsonaro tem procurado, desde segunda-feira, através desta denúncia, insinuar que existe uma manobra na justiça eleitoral para favorecer a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Em auditoria realizada após uma denúncia, foi levantado que várias rádios publicaram mais inserções do PT [Partido dos Trabalhadores] do que do Presidente, [Jair] Bolsonaro. De 07 a 21 de outubro, após dupla secagem, foi levantado o número de 154 mil inserções a menos para a campanha do Bolsonaro", afirmou o ministro das Comunicações do Governo, numa conferência de imprensa agendada à última da hora no palácio da Alvorada, em Brasília, na segunda-feira.

Segundo a campanha de Bolsonaro, a maioria desta alegada fraude eleitoral foi registada no Nordeste do país, conjunto de nove estados cuja população apoia na sua esmagadora maioria Lula da Silva na eleição presidencial que ocorre dentro de cinco dias.

Luiz Inácio Lula da Silva venceu a primeira volta das eleições com 48,4% dos votos e Jair Bolsonaro recebeu 43,2%, pelo que os dois candidatos terão de se enfrentar numa segunda volta marcada para domingo.

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