Timor-Leste viveu esta semana o maior evento da sua história, pelo menos em números. Centenas de milhares de pessoas – algumas estimativas apontam para 600 mil, mais de um terço da população - estiveram reunidas em celebração para acolher o Papa Francisco. Houve pessoas vindas de todos os pontos do país, incluindo as zonas mais remotas, às quais se somaram milhares de visitantes da Indonésia e da Austrália. A visita do sumo-pontífice terá representado a maior mobilização de ‘turistas’ de que há memória, para um mesmo evento no país.
Foi um encontro de fé e de cultura, na maior mobilização desde a luta pela independência, 25 anos depois do referendo e num momento crucial de transição geracional em Timor - quando a maioria da população sente já distância emocional dos anos duros da luta contra a ocupação indonésia. O país procura agora cimentar a sua própria identidade e repensar o futuro, naquela que pode ser a reta final das vidas dos líderes históricos nacionais.
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