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As “duas sessões” da China: o momento de “cosmética política” que pode deixar pistas sobre a economia do país

As “duas sessões” da China: o momento de “cosmética política” que pode deixar pistas sobre a economia do país
EPA / WU HAO

Cerca de um ano depois de Xi Jinping ter sido eleito para o terceiro mandato enquanto Presidente da China, voltam a realizar-se as “duas sessões”. Desta vez com uma mudança: deixa de haver uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro no final da Assembleia Popular Nacional - um passo visto como uma forma de “centralização do poder” em torno de Xi Jinping e de se evitar “dar justificações” sobre indicadores económicos negativos

As “duas sessões” da China: o momento de “cosmética política” que pode deixar pistas sobre a economia do país

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

Milhares de delegados reúnem-se em Pequim para participar nas “Duas Sessões” da China – também conhecidas por “lianghui” – um evento governamental anual no país. O momento refere-se a uma série de reuniões de dois organismos: a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CPPCC) e a Assembleia Popular Nacional (APN).

Antes mesmo do arranque dos dois encontros, era já conhecido um corte com a tradição. Ao contrário do que se verifica há vários anos, no final do encontro da APN não haverá conferência de imprensa com o primeiro-ministro chinês, escreveu a Reuters.

O que são o CPPCC e o NPC?

O CPPCC é um órgão político consultivo fundado em 1949 que teoricamente dá sugestões sobre legislação, medidas políticas e reformas. Segundo o ‘South China Morning Post’, conta com cerca de 2200 representantes de diferentes partidos políticos, grupos sociais, profissões e sectores. As propostas submetidas pelo CPPCC são avaliadas pelo Governo.

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