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Japão quer orçamento recorde para a defesa: perigos na vizinhança, crise demográfica e um debate à espreita

Caças japoneses e norte-americanos durante exercício militar conjunto em reação ao lançamento de um míssil balístico pela Coreia no Norte, a 19 de fevereiro de 2023
Caças japoneses e norte-americanos durante exercício militar conjunto em reação ao lançamento de um míssil balístico pela Coreia no Norte, a 19 de fevereiro de 2023
JAPAN'S DEFENSE MINISTRY JOINT STAFF HANDOUT

De olho em vizinhos como a China, a Coreia do Norte e a Rússia, o Japão está a investir na defesa. Mas a falta de pessoal e de apoio doméstico a impostos para pagar o aumento das capacidades militares representam desafios a esta aposta política

Japão quer orçamento recorde para a defesa: perigos na vizinhança, crise demográfica e um debate à espreita

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

As tensões com países vizinhos são apontadas como parte dos motivos que levaram o Japão a indicar na sexta-feira que quer aprovar um novo recorde orçamental para a área da defesa. O anúncio, em linha com uma mudança política que arrancou há cerca de dois anos, deu-se na mesma semana em que o Japão denunciou duas incursões militares chinesas no seu território. O Governo quer alocar 8,5 triliões de ienes (cerca de 52,3 mil milhões de euros) à área da defesa, noticiou a Reuters.

“Isto não fará a China feliz, mas seria inimaginável sem os anos de comportamento agressivo da China contra os seus [países] vizinhos. Dentro da ‘vizinhança perigosa’ de que os decisores políticos e os think tanks falam, a China é o vizinho mais perigoso. Tem vindo a aumentar as suas capacidades militares e a pressionar outros países quanto a disputas territoriais, incluindo o Japão”, esclareceu Jeffrey Hall, professor na Kanda University of International Studies, em resposta ao Expresso. Note-se que a China reivindica o controlo das ilhas Senkaku, no seu nome japonês (Diaoyu, em chinês).

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