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América Latina

A Bolívia vai fazer 200 anos, mas tensões económicas e sociais ameaçam estragar a festa

Protestos populares suscitados pela situação económica têm dado azo a confrontos com as forças da lei
Protestos populares suscitados pela situação económica têm dado azo a confrontos com as forças da lei
Jorge Mateo Romay Salinas/Anadolu/Getty Images

O país andino festeja os 200 anos da independência mergulhado numa profunda crise económica, com protestos quase diários nas ruas. O regresso de Evo Morales dividiu o movimento socialista que governa desde 2006, e tem resultado numa paralisação política e social que pode explodir a qualquer momento

La Unión es la Fuerza – 200 años de independencia”. Quando uma pessoa aterra no aeroporto internacional de Viru-Viru, em Santa Cruz, capital comercial da Bolívia, na vasta planura amazónica, a celebração do bicentenário da independência recebe-a em grandes parangonas. Um pouco por todo o país, nos murais, nas fachadas dos edifícios e nas ruas, sente-se esse fervor nacionalista do último país da América do Sul a conseguir a sua independência, que se celebrará no próximo dia 6 de agosto.

Os slogans contrastam com a tensão, a crise e a divisão que se sentem na azáfama das ruas das caóticas cidades bolivianas, com uma população empobrecida a tentar sobreviver a uma asfixiante crise económica, e com protestos quase diários, ora dos mineiros a reclamar mais flexibilidade na obtenção de licenças, ora dos agricultores a exígír mais subsídios, ora ainda dos motoristas a reivindicar o abastecimento de combustível.

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