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América Latina

Surpreendente vitória parcial de Sergio Massa sobre Javier Milei: começa a campanha do medo na Argentina

Sergio Massa reage aos resultados das eleições gerais deste domingo, na Argentina
Sergio Massa reage aos resultados das eleições gerais deste domingo, na Argentina
MARTIN COSSARINI/REUTERS

A centro-esquerda de Sergio Massa exibiu a força da estrutura territorial do Peronismo e, para surpresa até do próprio candidato, venceu a primeira volta, superando a extrema-direita de Javier Milei. Analistas preveem que a campanha eleitoral até ao próximo 19 de novembro seja marcada pelo medo dos eleitores de um lado ou do outro. No meio dessa guerra de temores, há ainda o medo do mercado financeiro com a política económica dos dois candidatos. O final da disputa é incerto sem que se possa apontar que lado leva vantagem

Surpreendente vitória parcial de Sergio Massa sobre Javier Milei: começa a campanha do medo na Argentina

Márcio Resende

Correspondente na Argentina

A inesperada vitória parcial do candidato a Presidente e atual ministro da Economia, Sergio Massa, fora das previsões das sondagens, mas insuficiente para uma vitória à primeira volta, altera a corrida eleitoral, dando força política àquele que mais fraquezas exibia, justamente por conduzir uma gestão económica que acumula 138,3% de inflação anual, 42% de pobreza e um caos financeiro.

“Os números são mais favoráveis a qualquer candidato opositor, mas foi a vitória do mal menor. Agora, começa uma nova campanha cujo resultado é uma incógnita. Será uma campanha ordenada pelo medo. Não só a loucura (de Javier Milei) desperta medo. Também o Governo desperta medo. As pessoas temem o novo, mas também temem a continuidade, mais do mesmo. Há medos dos dois lados”, avalia ao Expresso Shila Vilker, especialista em opinião pública e diretora da consultora trespuntozero.

Com 98,5% das urnas apuradas, Sergio Massa vence com 36,68% dos votos válidos, pouco menos de sete pontos acima de Javier Milei, com 29,98%.

A maior derrotada foi Patricia Bullrich, com 23,83%, cuja coligação opositora, Juntos pela Mudança (“Juntos por el Cambio”) era apontada no começo da campanha como a favorita. Bullrich perdeu seis pontos desde as primárias em 13 de agosto.

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