Os europeus ainda estavam a acordar após uma noite de nervosismo e incerteza com as eleições presidenciais nos Estados Unidos quando, na quarta-feira, o chanceler alemão atirou para o ar a possibilidade de um novo caos político na União Europeia (UE). Depois de três anos de críticas constantes e quezílias internas, Olaf Scholz despediu o ministro das Finanças e parceiro de coligação, Christian Lindner, dos Liberais (FDP) e, para já, vai ter de governar com um Executivo minoritário, composto pelo seu Partido Social Democrata (SPD) e pelos Verdes.
A perspetiva de uma crise na Alemanha, seja ela política ou económica, deixa sempre a UE numa pilha de nervos, dada a importância e dimensão do país nos destinos do continente. O ‘timing’ da decisão de Scholz também não ajuda, surgindo numa altura em que Bruxelas e as capitais europeias tentam calcular o impacto da eleição de Donald Trump no mercado comum.
Enquanto os partidos na Alemanha se preparam para a hipótese de ir a eleições federais uns meses mais cedo do que o previsto, vejamos quais os próximos passos e o futuro a curto prazo da política germânica.
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