“A polícia hoje perdeu uma oportunidade soberana de se reconciliar com o povo.” É assim que começa por reagir Luís Nhachote, coordenador executivo do centro de jornalismo investigativo de Moçambique, à atitude das autoridades moçambicanas perante os manifestantes que saíram à rua, em Maputo, esta segunda-feira de manhã. A polícia recorreu a gás lacrimogéneo para dispersar quem se juntou para expressar repúdio pelo homicídio de dois apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane.
O candidato da oposição convocara uma marcha no seguimento do assassínio de Elvino Dias, seu conselheiro jurídico, e Paulo Guambe, mandatário do partido Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos). Em declarações ao Expresso, Nhachote descreve que a marca destas mortes está ainda “muito presente” e “esta tensão está muito no ar”.
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