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“São necessárias ações urgentes para evitar o risco de transformação dos recursos hídricos em armas”

“São necessárias ações urgentes para evitar o risco de transformação dos recursos hídricos em armas”
FREDERIC SIERAKOWSKI

Há 153 países a partilhar águas transfronteiriças. Associada a interesses geopolíticos, a escassez deste recurso natural pode “aumentar a fricção entre estados ribeirinhos”. A par do risco de conflito, enfrentam desafios internos

“São necessárias ações urgentes para evitar o risco de transformação dos recursos hídricos em armas”

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

Mais de metade dos cursos de água doce do planeta envolvem água transfronteiriça. Decidir como se divide o acesso é um processo político e técnico, mas os resultados podem traduzir-se em questões de segurança. Ora, dos 153 países que partilham águas transfronteiriças, apenas 43 têm acordos operacionais a cobrir pelo menos 90% desses rios, lagos e aquíferos.

A ONU reconhece que uma má gestão de fontes de água transfronteiriça “tem o potencial de criar agitação social e desencadear conflito”. O peso que a água pode ter nas relações diplomáticas vê-se, por exemplo, nastensões entre os Estados Unidos e o México a propósito das bacias do rio Colorado e do rio Grande, ou na decisão da Índia em suspender o tratado das águas do rio Indo com o Paquistão.

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