Nos últimos anos de pontificado, o Papa Francisco tornou-se, na cena internacional, uma das vozes mais inconformadas com o sofrimento humano gratuito em contexto de guerra. Na véspera de morrer, na sua última mensagem Urbi et orbi, lida no Domingo de Páscoa, lembrou “as comunidades cristãs no Líbano e na Síria, que atravessam atualmente uma transição delicada na sua história”, “os povos africanos vítimas de violência e de conflitos, especialmente na República Democrática do Congo, no Sudão e no Sudão do Sul” e “o povo do Iémen, que vive uma das mais graves e prolongadas crises humanitárias do mundo devido à guerra”.
“O Papa que veio do fim do mundo” também não esqueceu os conflitos na Ucrânia, no Cáucaso do Sul e em Myanmar. Alertou para o aumento do antissemitismo em todo o mundo e para a “situação humanitária dramática e deplorável” na Faixa de Gaza, para onde Francisco telefonava todos os dias desde que começou a guerra, para confortar a única paróquia católica daquele território palestiniano.
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