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Francisco vai estar presente no conclave e o legado que nele deixou complica a escolha do seu sucessor

Cardeais na Basílica de S. Pedro
Cardeais na Basílica de S. Pedro
Maria Grazia Picciarella/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

Começa esta quarta-feira à tarde o conclave para escolher o sucessor de Francisco. O eleitorado conhece-se mal, em parte porque o Papa defunto alargou e diversificou a sua composição. Viagem aos mecanismos de pressão prévios e simultâneos com as rondas de votação. “Não se volta atrás” e “é preciso acolher o legado de Francisco”, ouviu-se nos sermões dos cardeais nas nove missas fúnebres celebradas por Bergoglio. Se esta linha for seguida no isolamento da Capela Sistina e os cardeais quiserem, ao mesmo tempo, evitar uma rutura com os ultras, votarão num conservador moderado, mas iluminado

Rossend Domènech

correspondente em Roma

Esta quarta-feira, fecham-se na Capela Sistina 133 cardeais, dos quais 108 foram nomeados pelo Papa Francisco. Vão eleger o seu sucessor, sem que haja um candidato predefinido. Tal sucede por causa de (ou graças a, segundo o ponto de vista) uma certa “desordem” criativa introduzida pelo pontífice desaparecido.

O homem que se chamava Jorge Mario Bergoglio criou cardeais em mais de 70 países, deslocando, talvez para sempre, o pode exclusivo que tinham os eleitores europeus e, mais recentemente, dos Estados Unidos para decidir quem se senta não trono de São Pedro. Roma tem de contar agora com a Suécia, a Papuásia ou o Burquina Faso. Um dos cardeais da Oceânia demorou 30 horas, em três voos, para chegar ao conclave.

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