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“Era o nosso Papa.” O povo de Francisco esperou quatro a sete horas para se despedir

Milhares de pessoas aguardaram na praça de São Pedro para prestar homenagem ao Papa
Milhares de pessoas aguardaram na praça de São Pedro para prestar homenagem ao Papa
Salvatore Laporta/KONTROLAB/LightRocket/Getty Images

Cem mil terão passado pela basílica de São Pedro durante o velório do Papa. Reportagem no Vaticano, onde o silêncio impera

Rossend Domènech

correspondente em Roma

O começo da fila, embora se encontre dentro da praça de São Pedro, no Vaticano, fica a dois quilómetros do caixão de Francisco. Serpenteia, rodeia parte do semicírculo, e não é uma fila de dois a dois, engrossa, como se fosse a tomada tranquila de um lugar e de uma pessoa que não costumam estar ao alcance de todos. Estão-no agora, após a morte do Papa. Se não houvesse, a poucos metros, Maderno, San Gallo, Bernini e Miguel Ângelo, os túmulos dos pontífices e as catacumbas, tudo pareceria uma intrigante representação do teatro grego de Epidauro.

A marcha do povo de Francisco teve início às sete da manhã, com vento e frio, como ao cair da tarde, condições que se agravarão lá para as três ou quatro da madrugada, quando a basílica for brevemente encerrada. É que na manhã seguinte voltará a abrir para engolir no seu interior a mesma multidão de cidadãos anónimos que se revelou difícil de conter desde o primeiro momento.

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