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Papa Francisco (1936-2025): o Sínodo foi o seu projeto mais ambicioso, e fica nas mãos de quem lhe suceder

Missa campal de abertura do Sinodo dos bispos, um retrato da abrangência que Francisco quis imprimir à iniciativa
Missa campal de abertura do Sinodo dos bispos, um retrato da abrangência que Francisco quis imprimir à iniciativa
Alessandra Benedetti/Corbis/Getty Images

Nunca um governante promovera uma discussão tão profunda e alargada dos assuntos cruciais para o Estado por si chefiado. Francisco arriscou, e morreu antes de o processo estar consumado, deixando esse dossiê ao futuro Papa

Rossend Domènech

correspondente em Roma

Entre 2021 e 2024, o Papa que morreu esta segunda-feira reuniu em Roma um Sínodo, espécie de pequeno Concílio com representantes de todo o mundo e de toda a Igreja Católica: homens, mulheres, padres e laicos. Era e é o projeto mais ambicioso de Francisco para modernizar e trazer a instituição que chefiou para a contemporaneidade.

Além da preparação da iniciativa, Jorge Mario Bergoglio — nome original do pontífice —decidiu que o Sínodo teria uma única sessão em 2023. Depois, percebeu que tudo teria de andar mais devagar, e marcou nova sessão para 2024. Mais tarde, viu que era insuficiente e acrescentou um prolongamento, através de dez comissões. Os críticos do Papa perguntavam: se os assuntos mais novos e difíceis vão sendo deixados para o final, sobrará algo das muitas esperanças que o Sínodo despertou? Morto Francisco, a dúvida adensa-se: que fará o seu sucessor quanto a dar seguimento ao caminho encetado?

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