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“A minha mãe apontou para o fumo e eu, com cinco anos e meio, sabia o que aquilo significava” — reportagem em Auschwitz

O portão de Auschwitz no dia da cerimónia dos 80 anos da liberação do campo de concentração
O portão de Auschwitz no dia da cerimónia dos 80 anos da liberação do campo de concentração
Victoria Jones/Reuters

Na cerimónia dos 80 anos da libertação do campo de extermínio nazi, a última feita com testemunhos dos sobreviventes, alertou-se para perigos da “nova onda de antissemitismo” e lembraram-se horrores do Holocausto. Desta vez, discursos dos políticos ficaram fora das cerimónias. Mas a política não

A dor das palavras dos sobreviventes de Auschwitz ecoou esta segunda-feira no antigo campo de extermínio quase tanto quanto o silêncio dos líderes políticos. Se, como disse o diretor do Museu de Auschwitz, este foi talvez o maior encontro da história da República da Polónia - “não me lembro de ver tantos chefes de Estado, famílias reais e primeiros-ministros no nosso país”, disse Piotr Cywiński -, foi também o dia em que todas essas personalidades ficaram num silêncio imposto pela homenagem e pelas circunstâncias.

Os organizadores das cerimónias do 80.º aniversário da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau, onde mais de um milhão de judeus foram mortos pelas SS (Schutzstaffel, o exército nazi), repetiram que o importante era ouvir os sobreviventes, mais ainda tratando-se da última cerimónia feita neste formato, com direito a discursos, uma vez que os poucos que sobreviveram aos anos de extermínio em Auschwitz são cada vez menos e estão cada vez mais debilitados.

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