A dor das palavras dos sobreviventes de Auschwitz ecoou esta segunda-feira no antigo campo de extermínio quase tanto quanto o silêncio dos líderes políticos. Se, como disse o diretor do Museu de Auschwitz, este foi talvez o maior encontro da história da República da Polónia - “não me lembro de ver tantos chefes de Estado, famílias reais e primeiros-ministros no nosso país”, disse Piotr Cywiński -, foi também o dia em que todas essas personalidades ficaram num silêncio imposto pela homenagem e pelas circunstâncias.
Os organizadores das cerimónias do 80.º aniversário da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau, onde mais de um milhão de judeus foram mortos pelas SS (Schutzstaffel, o exército nazi), repetiram que o importante era ouvir os sobreviventes, mais ainda tratando-se da última cerimónia feita neste formato, com direito a discursos, uma vez que os poucos que sobreviveram aos anos de extermínio em Auschwitz são cada vez menos e estão cada vez mais debilitados.
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