Internacional

Ucrânia: Kremlin congratula-se que Trump aposte no diálogo para chegar à paz

Zelensky e  Trump estiveram reunidos no final de setembro em Nova Iorque. A reunião coincidiu com a ida do Presidente da Ucrânia à Assembleia Geral da ONU
Zelensky e Trump estiveram reunidos no final de setembro em Nova Iorque. A reunião coincidiu com a ida do Presidente da Ucrânia à Assembleia Geral da ONU
Alex Kent

O Kremlin congratula-se com o facto de o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se ter pronunciado a favor do diálogo para resolver o conflito na Ucrânia, disse o porta-voz da presidência russa numa entrevista transmitida este domingo

Foi em declarações à televisão russa que Dmitry Peskov considerou que Trump deu "sinais positivos" relativamente à sua posição no conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia.

"Os sinais são positivos. Trump, durante a sua campanha eleitoral, disse que vê tudo isto [o conflito na Ucrânia] através de acordos. E que pode obter um acordo que leve à paz", disse o representante do Kremlin.

E acrescentou: "Pelo menos ele fala de paz, não fala de confrontação, não expressa o desejo de infligir uma derrota estratégica à Rússia, o que o distingue favoravelmente da atual administração dos EUA."

Ainda assim, considera que "é difícil dizer o que vai acontecer mais à frente".

"Uma coisa é apostar na previsibilidade ao nível de Kamala Harris e Joe Biden, onde tudo é bastante previsível, o que vão fazer até deixarem a Casa Branca. Nesse sentido, o Sr. Trump é menos previsível, e também é menos previsível até que ponto ele vai manter as declarações feitas na campanha", sustentou Dmitri Peskov.

"[Vamos] esperar e ver o que acontece, enquanto tratamos dos nossos assuntos", acrescentou.

Na quinta-feira, o Presidente russo Vladimir Putin felicitou Trump pela sua vitória nas eleições presidenciais norte-americanas e disse estar "impressionado" com a sua reação "corajosa" ao ataque de que foi alvo durante a campanha eleitoral.

Putin defendeu o presidente eleito dos EUA contra as acusações de que era um "homem de negócios que sabe pouco sobre política".

Quanto à política de Trump após a sua tomada de posse como presidente, a 20 de janeiro, garantiu que "não faz ideia", embora se tenha mostrado otimista face às declarações que fez durante a campanha.

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