Há quatro anos, a casa no Monte da Boa Vista, nos arredores de Montemor-o-Novo, no Alentejo, fez-se abrigo para o artista visual chinês Ai Weiwei. O regresso à China natal, contudo, é um desejo cada vez mais premente. Em entrevista ao Expresso esta semana, o mundialmente reconhecido ativista pela defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão assumiu querer levar o filho de 15 anos ao país onde nasceu e viveu por cerca de quatro décadas. Esta quarta-feira, às 18h30, Weiwei estará presente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, paras apresentar o seu novo livro, “Zodíaco”, uma biografia em banda desenhada.
“Sim, eu gostaria. A China continua a ser o país aonde eu vivi cerca de 40 anos e tenho algumas memórias deste tempo”, respondeu Weiwei quando questionado sobre o desejo de viajar com o filho adolescente. Confrontado com eventuais dificuldades neste retorno, devido às suas posições políticas contraditórias com a linha repressiva assumida pelo governo chinês, o artista desdramatizou: “Não, é possível [o regresso]. Posso ir e até posso decidir ficar lá.”
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