Internacional

Olaf Scholz elogia os “russos corajosos” que estiveram no funeral de Navalny e “continuam o seu legado”, correndo riscos “pela liberdade”

Apesar dos avisos das autoridades russas de que não seriam permitidas manifestações ilegais, milhares de pessoas concentraram-se hoje junto à igreja de Moscovo para assistir ao funeral e muitas das pessoas bateram palmas e gritaram o nome de Navalny à chegada do caixão. O chanceler alemão elogiou a sua coragem

O chanceler alemão elogiou a coragem dos russos hoje presentes no funeral de Alexei Navalny, em Moscovo, onde multidões se reuniram para prestar homenagem ao opositor do regime, que morreu na prisão há duas semanas.

"Após a sua morte, russos corajosos continuam o seu legado: muitos deles estiveram presentes no seu funeral hoje e, portanto, correram um grande risco -- pela liberdade", escreveu Olaf Scholz na rede social X (antigo Twitter).

Apesar dos avisos das autoridades russas de que não seriam permitidas manifestações ilegais, milhares de pessoas concentraram-se hoje junto à igreja de Moscovo para assistir ao funeral e muitas das pessoas bateram palmas e gritaram o nome de Navalny à chegada do caixão, segundo a televisão britânica BBC.

Crítico declarado do regime e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu em 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa colónia prisional russa no Ártico, em circunstâncias ainda pouco claras.

Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada e a certidão de óbito menciona uma causa natural.

Os seus associados, a viúva, Yulia Navalnaya, e muitos líderes ocidentais acusaram o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela sua morte, acusações negadas pelo Kremlin.

Depois de terem adiado a entrega do corpo de Navalny à família, as autoridades russas fizeram-no finalmente no sábado, permitindo a realização de um funeral.

Yulia Navalnaya lamentou na quarta-feira que não tenha sido autorizada qualquer cerimónia civil que permitisse a exibição do corpo do marido a um público mais vasto, como acontece frequentemente após a morte de figuras importantes na Rússia.

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