Os ataques sem precedentes deste fim-de-semana formulam mais um capítulo das tensões históricas entre Israel e o grupo palestiniano Hamas. O conflito remonta a cerca de 100 anos, momento em que o Reino Unido assumiu o controlo do território conhecido como Palestina, com a derrota do Império Otomano na I Guerra Mundial. Uma minoria judaica e uma maioria muçulmana compunham então a população da Palestina.
O Reino Unido tinha a incumbência de criar uma pátria judaica na Palestina, mas, desde o início, a iniciativa foi condenada pelos palestinianos (maioritariamente muçulmanos). O número de imigrantes judeus no território aumentou em grande medida entre as décadas de 1920 e 1940, e sobretudo durante o Holocausto. Quando, em 1947, a ONU votou a favor da divisão da Palestina em estados judeus e árabes separados, com Jerusalém sob administração internacional, os conflitos na região já se tinham intensificado.
O plano não chegou a ser implementado, mas, um ano depois, os britânicos abandonaram a Palestina e os líderes judeus proclamaram a fundação de Israel. O acontecimento gerou uma forte contestação por parte dos palestinianos. A guerra eclodiu, e muitos palestinianos viram-se obrigados a fugir ou foram expulsos de casa.
A ideia em que assenta a fundação do Estado de Israel ainda não é consensual. O diferendo já levou à morte de milhares de pessoas.
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