Umas horas depois do ataque surpresa lançado pelo Hamas a Israel esta madrugada, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, dirigiu uma mensagem ao país. “Estamos em guerra”, afirmou, citado pela imprensa internacional.
Em resposta aos milhares de rockets disparados da Faixa de Gaza contra Israel ainda antes das 6h30 locais, também o exército israelita bombardeou pelo ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza já esta manhã.
"Dezenas de aviões de guerra israelitas estão a atacar vários alvos pertencentes à organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza", disse o Exército, citado pelas agências de notícias.
Para já, há registo de 40 mortos, segundo os serviços de assistência israelitas, citados pelo “New York Times”. E mais de 700 feridos já chegaram aos hospitais, de acordo com o ministério da saúde de Israel, citado pelo “The Guardian”. Há também relatos de civis levados como reféns pelos membros do Hamas, numa operação coordenada por terra, mar e ar. Segundo o exército israelita, homens armados atravessaram a fronteira em vários locais e infiltraram-se em diferentes comunidades.


Apelo à sublevação
Esta manhã, o líder do braço armado do Hamas, Mohamed Deif, confirmou o início da operação "Tempestade Al-Aqsa", apelando à sublevação de todos os árabes em território israelita. O responsável lamentou que os pedidos do Hamas de "intercâmbios humanitários" tenham sido rejeitados e que "as violações na Cisjordânia continuem todos os dias".
Entre as várias reações ao ataque do Hamas está a da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que considera ser “terrorismo na sua forma mais desprezível”. Numa mensagem publicada nas redes sociais, condena “inequivocamente” o ataque e diz que “Israel tem o direito de se defender”.
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