Internacional

Conselho de Segurança da ONU reúne-se de emergência por causa de situação em Israel

Lula da Silva, presidente do Brasil
Lula da Silva, presidente do Brasil
Adam Gray

Na sua qualidade de presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocou uma reunião de emergência da ONU. De acordo com o Governo brasileiro, os "bombardeamentos e ataques terrestres" são condenáveis e "não há justificação para recorrer à violência, especialmente contra civis"

O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se no domingo sobre a situação no Médio Oriente e a questão palestiniana realiza-se no domingo, na sequência do conflito entre Israel e o Hamas, anunciou em comunicado a ONU.

O Brasil, que atualmente ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), já tinha indicado que convocaria “uma reunião de emergência da organização” para tratar da situação em Israel e na Faixa de Gaza.

"Na sua qualidade de presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil vai convocar uma reunião de emergência do órgão", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro num comunicado oficial, citado pela agência EFE.

Israel declarou neste sábado o estado de guerra após as milícias palestinianas de Gaza, lideradas pelo movimento islâmico Hamas, terem lançado uma operação surpresa sem precedentes, com o lançamento de mais de mil foguetes e infiltrações em território israelita.

A ofensiva fez até agora pelo menos 70 mortos e mais de 700 feridos em Israel, na sequência de uma série de ataques executados por terra, mar e ar a partir de Gaza, segundo indicou fonte médica israelita. Entretanto, pelo menos 198 palestinianos morreram e mais de 1600 ficaram feridos nos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

O Governo brasileiro condenou os "bombardeamentos e ataques terrestres" e insistiu que "não há justificação para recorrer à violência, especialmente contra civis". Neste sentido, instou as partes a "exercerem a máxima contenção, a fim de evitar uma nova escalada" do conflito. "O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, haja uma grave e crescente deterioração da situação de segurança entre Israel e Palestina", expressou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro.

O Governo do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também reiterou o seu compromisso com a solução para o conflito, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.

Destacou ainda que "a mera gestão do conflito não constitui uma alternativa viável" para a resolução definitiva da "questão israelo-palestiniana, sendo urgente a retomada das negociações de paz".

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