O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se no domingo sobre a situação no Médio Oriente e a questão palestiniana realiza-se no domingo, na sequência do conflito entre Israel e o Hamas, anunciou em comunicado a ONU.
O Brasil, que atualmente ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), já tinha indicado que convocaria “uma reunião de emergência da organização” para tratar da situação em Israel e na Faixa de Gaza.
"Na sua qualidade de presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil vai convocar uma reunião de emergência do órgão", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro num comunicado oficial, citado pela agência EFE.
Israel declarou neste sábado o estado de guerra após as milícias palestinianas de Gaza, lideradas pelo movimento islâmico Hamas, terem lançado uma operação surpresa sem precedentes, com o lançamento de mais de mil foguetes e infiltrações em território israelita.
A ofensiva fez até agora pelo menos 70 mortos e mais de 700 feridos em Israel, na sequência de uma série de ataques executados por terra, mar e ar a partir de Gaza, segundo indicou fonte médica israelita. Entretanto, pelo menos 198 palestinianos morreram e mais de 1600 ficaram feridos nos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
O Governo brasileiro condenou os "bombardeamentos e ataques terrestres" e insistiu que "não há justificação para recorrer à violência, especialmente contra civis". Neste sentido, instou as partes a "exercerem a máxima contenção, a fim de evitar uma nova escalada" do conflito. "O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, haja uma grave e crescente deterioração da situação de segurança entre Israel e Palestina", expressou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro.
O Governo do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também reiterou o seu compromisso com a solução para o conflito, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
Destacou ainda que "a mera gestão do conflito não constitui uma alternativa viável" para a resolução definitiva da "questão israelo-palestiniana, sendo urgente a retomada das negociações de paz".
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