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O que se passa em Nagorno-Karabakh e por que razão o Azerbaijão lançou um ataque sobre o enclave? 10 perguntas e respostas

Manifestantes em fúria juntam-se nas proximidades de edifícios governamentais em Yerevan, na Arménia, para protestarem contra nova operação militar em Nagorno-Karabakh
Manifestantes em fúria juntam-se nas proximidades de edifícios governamentais em Yerevan, na Arménia, para protestarem contra nova operação militar em Nagorno-Karabakh
REUTERS

As autoridades de Nagorno-Karabakh dizem que pelo menos duas pessoas já morreram no último ataque do Azerbaijão sobre esta região arménia, que quer ser independente. O conflito tem muitos, muitos anos, e a paz está sempre próxima e distante ao mesmo tempo. É o início de uma nova guerra em grande escala, como em setembro de 2020 ou, pior ainda, como nos anos 90? As perguntas e as respostas para entender o que se está a passar

O que se passa em Nagorno-Karabakh e por que razão o Azerbaijão lançou um ataque sobre o enclave? 10 perguntas e respostas

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Onde é Nagorno-Karabakh e por que é que a região é tão frequentemente palco de conflitos?

Nagorno-Karabakh é um enclave de cerca de 120 mil pessoas, incrustado em território do Azerbaijão, e que não é reconhecido como república independente pela comunidade internacional, apesar de ser assim considerado pelos seus habitantes, quase todos de origem arménia (98%). Na realidade, nada em Nagorno-Karabakh funciona sem ajuda externa da Arménia, país ao qual o território está ligado por uma estrada montanhosa conhecida como corredor de Lachin - a “estrada da vida”, assim lhe chamam os residentes do enclave. O conflito étnico e territorial tem mais de um século, mas, depois da queda da União Soviética, os nacionalismos antes esmagados pelo punho de Estaline afloraram de novo. A mais sangrenta guerra entre azeris e arménios começou logo em 1991, no rescaldo da queda da URSS, e durou até 1994, com relatos de tentativa de limpeza étnica a surgirem de ambos os lados - e há diversas investigações e denúncias de ONGs internacionais que mostram que os massacres de civis - e a sua deslocalização forçada - foram armas utilizadas por ambos os exércitos. Cerca de 30 mil pessoas morreram.

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