Exatamente um ano após a morte da jovem curda de 22 anos Mahsa Amini, as autoridades iranianas tentam impedir uma nova onda de protestos contra o regime teocrático de Teerão
O pai de Mahsa Amini, a jovem curda que morreu há um ano nas mãos da polícia da moralidade iraniana por não usar o véu islâmico, foi detido este sábado. Amjad Amini foi intimado pelas forças de segurança a não assinalar o ‘aniversário’ da morte da sua filha, de acordo com a Rede de Direitos Humanos do Curdistão (KHRN na sigla em inglês).
Um ano depois, continuam as manifestações contra o regime de Teerão, liderado por Ali Khamenei, e contra a repressão aos direitos das mulheres, protestos desencadeados pela morte da jovem de 22 anos. A imprensa estatal anunciou a detenção de vários “contrarrevolucionários” e “terroristas” em diferentes cidades do Irão.
Amjad Amini foi detido na manhã deste sábado depois de sair de casa, em Saqez, no Curdistão, tendo regressado “horas depois”, informou outra organização de direitos humanos, a Iran Human Rights (IHR). É já a quarta vez que o pai de Mahsa Amin é detido nas últimas semanas para ser inquirido.
Além das detenções, as autoridades iranianas foram mobilizadas em massa sobretudo para as zonas curtas do país, de modo a antecipar uma nova onda de protestos cívicos. A casa de família de Mahsa Amini e o cemitério onde foi enterrada estão igualmente sob fortes restrições.
Mahsa Amini foi detida pela polícia da moralidade iraniana no dia 13 de setembro de 2022 por uso indevido do hijab (véu islâmico). Apareceu morta três dias depois, a 16 de setembro, quando ainda estava sob custódia policial.
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