A administração do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, anunciou na sexta-feira o envio de munições de fragmentação (as chamadas ‘cluster munitions’) à Ucrânia. O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que foi “uma decisão difícil” mas que era “a coisa certa a fazer” e que o passo foi tomado após uma “recomendação unânime” da administração de Biden. No entanto, a decisão está a gerar controvérsia.
As bombas de fragmentação são um tipo de míssil que quando acionado liberta uma “chuva” de fragmentos que podem atingir uma área do tamanho de um campo de futebol. Segundo o Centro Internacional de Genebra para a Desminagem Humanitária (GICHD, na sigla em inglês), estas armas podem conter entre dez a centenas de submunições explosivas, e podem ser dispersadas através de aeronaves, mísseis e projéteis de artilharia. Pode ver aqui como funciona.
Segundo a organização ‘Human Rights Watch’, tanto a Ucrânia como a Rússia já usaram munições de fragmentação desde o início da guerra. Num comunicado do final de maio, a organização indicou que pelo menos 10 regiões já tinham sido afetadas por este tipo de armamento. E apontou que o ataque em que causou mais vítimas civis foi à estação de comboios em Kramatorsk, em abril de 2022, quando “a Rússia lançou um míssil balístico Tochka-U equipado com munições de fragmentação” quando centenas de pessoas tentavam sair do local.
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