Os aliados vão a Vílnius mostrar que a NATO não está nem sucumbiu à morte cerebral, diagnosticada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, em 2019. Pelo contrário, o objetivo é mostrar que a preparação e prontidão são maiores do que nunca. Em cima da mesa está o reforço da dissuasão e da defesa. A mensagem a passar, nomeadamente a Vladimir Putin, é clara: ninguém quer a guerra, mas se houver agressão a um dos 31 aliados, não haverá hesitação na resposta. Os meios estarão prontos para garantir que não haverá “Irpins” nem “Buchas” no território da Aliança Atlântica, nem massacres semelhantes aos vividos na Ucrânia.
As decisões a tomar na cimeira da próxima semana deverão permitir que, se preciso for, o nível de prontidão passe dos atuais 40 mil homens — decidido após a invasão da Ucrânia — para 300 mil efetivos. Ou seja, mais de 100 brigadas, apoiadas por 1400 aeronaves de combate e 250 navios e submarinos passariam a estar prontos a ser mobilizados. Uma força significativa sob o comando da NATO, preparada para impedir que qualquer ameaça atravesse as fronteiras, desde logo a Leste.
A Aliança continua focada na defesa (e não no ataque). No entanto, dezassete meses após a invasão da Ucrânia, de que muitos duvidaram até ao último minuto, a realidade levou a NATO a reforçar a postura defensiva para dissuadir a Rússia.
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