Por mais que o Governo espanhol se empenhe em minimizar os efeitos que a antecipação das legislativas terá na presidência espanhola da União Europeia (UE), de 1 de julho a 31 de dezembro, a realidade vai-se impondo. Vislumbram-se dificuldades e influências negativas, não sendo certo que o primeiro-ministro que recolherá o testemunho da Suécia será o mesmo que o entregará à Bélgica a 1 de janeiro de 2024.
As eleições marcadas por Pedro Sánchez para 23 de julho — tentando neutralizar o tremendo impacto negativo da derrota do seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) nas eleições municipais e autonómicas de 28 de maio — marcam não só o calendário como o espírito da presidência espanhola. O Parlamento resultante da ida às urnas deve estar constituído em agosto, mês pouco útil para a maquinaria burocrática e representativa da UE.
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