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“Estamos fartos de plutónio e de promessas incumpridas”: vila espanhola vai livrar-se de resíduos nucleares ao fim de 57 anos

Recuperação, em 1966, de um explosivo a bordo do avião acidentado em Palomares
Recuperação, em 1966, de um explosivo a bordo do avião acidentado em Palomares
Bettmann/Getty Images

Em 1966, um B-52 dos Estados Unidos, carregado com quatro bombas de plutónio, chocou com um avião-cisterna quando sobrevoavam Palomares e Villaricos. Só agora há acordo para remover os resíduos tóxicos desse acidente

“Estamos fartos de plutónio e de promessas incumpridas”: vila espanhola vai livrar-se de resíduos nucleares ao fim de 57 anos

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

Há 57 anos, um acidente que viria a ser considerado o episódio nuclear mais grave da Guerra Fria deixou radioatividade nas terras de Palomares (Almeria, Andaluzia): foram 400 becquerels de amerício, elemento químico artificial resultante da degradação do plutónio, medidos recentemente por um laboratório especializado de Zurique (Suiça) em vários pontos da zona.

Qualquer pessoa que por ali passe recebe radicação equivalente à utilizada para uma radiografia ao tórax. Após décadas de tentativas falhadas e planos inacabados, Antonio Fernández, autarca de Cuevas de Almanzora, capital da comarca, desabafa: “Estamos fartos de plutónio e de promessas incumpridas”.

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