O encontro já estava nos planos, mas a guerra na Ucrânia foi o “gatilho” para a marcação. Dezoito anos depois, os agora 46 membros do Conselho da Europa (CoE) voltam a reunir-se em cimeira esta terça e quarta-feira na Islândia, onde Portugal se faz representar por António Costa.
Em quase 75 anos de história, este é apenas o quarto encontro ao mais alto nível da mais antiga instituição europeia em funcionamento, que é também a “principal organização de defesa dos direitos humanos no continente”.
Em Reiquiavique, “a Ucrânia vai ser de facto a prioridade número um, dois e três da agenda”, apontou Tiny Kox, presidente da Assembleia Parlamentar do CoE, numa entrevista de antevisão a jornalistas portugueses em Estrasburgo no final de abril. “O ponto principal será como podemos reafirmar a nossa solidariedade, a solidariedade de toda a Europa.”
E a expectativa é que essa demonstração seja feita com unanimidade. “Creio que, em princípio, veremos todas as decisões levadas à cimeira, assim como as declarações, a serem adotadas por consenso. Há também a possibilidade de adotá-las por voto, mas a nossa esperança e intenção é que possamos mostrar unidade, que todos os 46 Estados-membros concordam com os textos”, disse Bjørn Berge, o vice-secretário geral do Conselho da Europa, que também falou ao Expresso no final de abril.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: calmeida@expresso.impresa.pt