Internacional

Eleições presidenciais Turquia: Empate técnico e provável segunda volta

Comício de apoio ao candidato da oposição à Presidência da Turquia, Kemal Kilicdaroglu
Comício de apoio ao candidato da oposição à Presidência da Turquia, Kemal Kilicdaroglu
Bilal Seckin/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

Resultados provisórios apontam claramente a uma segunda volta, muito devido à excelente performance do terceiro candidato, Sinan Ogan, um nacionalista de direita, que estará perto dos 5%

Os resultados provisórios do escrutínio de hoje na Turquia apontam claramente para uma segunda volta, que se realizará a 28 de maio, e muito devido à excelente performance do terceiro candidato, Sinan Ogan, um nacionalista de direita, que estará perto de conseguir 5% do voto turco.

Recep Tayyip Erdogan e Kermal Kiliçdaroglu estão praticamente empatados, e deverão obter cerca de 47% do voto. Kiliçdaroglu ganhou nas grandes cidades, e em toda a costa mediterrânica da Turquia (mais liberal), enquanto Erdogan prevaleceu nas províncias mais rurais. Os curdos votaram em massa em Kiliçdaroglu, tal como era expectável, depois do partido curdo ter apoiado o candidato da oposição.

Uma relativa surpresa foi constatar que na zona do sismo, tradicionalmente pró Erdogan, não parece ter havido grande transferência de voto, com o atual presidente a sobrepor-se a Kiliçdaroglu em quase todas as dez províncias afetadas pelo terramoto.

Já para as legislativas, os números apresentados indicam que o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, nacionalismo islamita, de Erdogan) e os seus aliados nacionalistas do Partido do Movimento Nacionalista (MHP) terão ganho a maioria absoluta, tal como as sondagens sugeriam.

Até ao momento, as eleições legislativas e presidenciais na Turquia decorreram sem qualquer incidente, num fantástico exercício de democracia e civilidade. Sessenta milhões de turcos acorreram em grande número às mais de 50,000 assembleias de voto, e depositaram os seus votos nas mais de 190,000 urnas.

A participação poderá ser recorde, cerca de 90%. Nas últimas eleições a abstenção foi de apenas 14%, uma das mais baixas da Europa.

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