
Há quase um quarto de século no poder, Presidente tem o cargo em risco. A crise económica, o sismo e a polarização não o ajudam. Cinco milhões de jovens vão votar pela primeira vez no domingo
Há quase um quarto de século no poder, Presidente tem o cargo em risco. A crise económica, o sismo e a polarização não o ajudam. Cinco milhões de jovens vão votar pela primeira vez no domingo
Correspondente em Ancara
“Hak, hukuk, adalet”, gritavam dezenas de milhares de jovens, quarta-feira, em frente a um palco em Rize, cidade na costa do Mar Negro, perto da fronteira com a Geórgia, e terra natal de Recep Tayyip Erdogan. “Direitos, lei e justiça”, insistiam, enquanto abanavam os braços numa coreografia estimulada por um animador em palco, ao som de música tecno.
Era apenas mais um comício do candidato da oposição à Presidência da República, Kemal Kiliçdaroglu, que os faz às dezenas. A simbologia do momento resume na perfeição a essência do que está em causa numa das eleições mais importantes do ano: no coração do conservadorismo na Anatólia, em plena pátria do todo-poderoso chefe de Estado turco, uma Turquia jovem, diversa e moderna mobiliza-se por um país diferente, mais justo, mais inclusivo, menos dividido, mais solidário e menos beligerante. Cinco milhões de jovens já nascidos na era de Erdogan vão votar pela primeira vez no dia 14.
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