6 maio 2023 12:51
Otumfuo Osei Tutu II, monarca do reino de Ashanti, um estado tradicional dentro da República do Gana, é um dos convidados de Carlos III
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Mais breve do que a de Isabel II, a coroação de Carlos III abre espaço à diversidade étnica e religiosa. São preocupações ditadas pelos tempos e pelas ideias do rei
6 maio 2023 12:51
Por mais que uma coroação seja o oposto da vida comum dos britânicos — a última aconteceu há 70 anos e é privilégio reservado a um indivíduo, ou dois nos casos em que inclui cônjuge, como o presente —, Carlos III quis que a sua espelhasse os países onde reina. São 15: Antígua e Barbuda, Austrália, Baamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Reino Unido, Salomão, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Tuvalu.
Mesmo atendo-nos ao reino europeu a que a dinastia Windsor é mais associada, os seus 66 milhões de habitantes são gente diversa em cor de pele, religião, língua e sentimento de pertença. Daí que na cerimónia deste sábado se vá ouvir na Abadia de Westminster, pela primeira vez, idiomas que não o inglês: galês, gaélico escocês e gaélico irlandês piscarão o olho às quatro nações que compõem o Reino Unido, quiçá para aplacar tendências separatistas que crescem nalgumas delas, mormente a Escócia. Uma grande tela bordada representará os 56 países que fazem parte da Commonwealth, organização que junta nações com laços históricos e culturais com o Reino Unido.