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No Dia da Mulher, feminismo espanhol tenta curar as feridas abertas pela lei contra os abusos sexuais

Marcha do Dia da Mulher em Madrid. “Fartas de pedir perdão pelo nosso mamilo”, lê-se no cartaz em primeiro plano
Marcha do Dia da Mulher em Madrid. “Fartas de pedir perdão pelo nosso mamilo”, lê-se no cartaz em primeiro plano
Gorka Castillo

A grande manifestação do Dia da Mulher reuniu milhares de pessoas nas ruas de Madrid, mas ficou claro que há divisão entre progressistas, a dois meses das eleições municipais

Numa Madrid fortemente vigiada pelas forças de segurança, milhares de manifestantes saíram à rua na capital espanhola, quarta-feira ao fim do dia, para proclamar que o feminismo é um movimento cívico vivo e lastimar a imagem que o Governo progressista dera na véspera, durante um debate parlamentar sobre a revisão da lei de liberdade sexual, conhecida como lei “só sim é sim”.

Após horas de tensão, o Movimento Feminista de Madrid, que é contra a Lei dos Transexuais, acabou por vergar o protocolo, preferindo um trajeto alternativo ao da manifestação principal. Pouco depois, dezenas de milhares de manifestantes pacíficos convocados pela Comissão 8 de Março começaram a caminhar pelas principais artérias de uma capital que vive o Dia da Mulher com ardente paixão: Passeio do Prado, Rotunda de Cibeles, Rua Alcalá, Gran Vía e, por fim, Praça de Espanha.

Três madrilenas jubiladas, Marta, Pilar e Virginia, celebravam numa esquina entre as ruas Alcalá e Gran Vía um protesto que lhes pareceu “maravilhoso”. “Oxalá haja muitos mais”, dizem ao Expresso. “Oxalá a nossa mensagem mude a sociedade.”

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