
Acordo alcançado entre Bruxelas e Londres gera reservas entre unionistas e eurocéticos. Em Belfast sonha-se com uma vida normal
Acordo alcançado entre Bruxelas e Londres gera reservas entre unionistas e eurocéticos. Em Belfast sonha-se com uma vida normal
em Dublin
“O acordo propicia fluxo comercial regular em todo o Reino Unido, protege o lugar da Irlanda do Norte na nossa união e salvaguarda a soberania do povo da Irlanda do Norte.” Tal foi o otimismo do primeiro-ministro britânico ao anunciar, segunda-feira, em Londres, o pacote de medidas para agilizar o Protocolo da Irlanda do Norte — conjunto de regras de mercado ‘pós-Brexit’, contestado desde que entrou em vigor — e tentar resolver um dos legados mais conflituosos da saída da União Europeia (UE).
Acompanhado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Rishi Sunak admitiu que Londres e Bruxelas tiveram divergências, mas garantiu que são aliados, parceiros económicos e amigos. “Este é início de um novo capítulo na nossa relação.” O acordo, concluído após semanas de negociações confidenciais e falsas partidas, poderá evitar uma guerra comercial, suavizar as relações bilaterais, simplificar o transporte de mercadorias entre a Irlanda do Norte e no resto do Reino Unido, abrir portas à restauração de um governo funcional na Irlanda do Norte (sem Executivo desde as eleições de maio de 2022) e manter aberta a fronteira entre as Irlandas, cujo significado vai muito além do económico.
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