Dois meses depois, Elon Musk é de novo a pessoa mais rica do mundo
Elon Musk, presidente executivo da Tesla
JONATHAN ERNST/REUTERS
A subida do preço das ações da Tesla, empresa de veículos elétricos que fundou e da qual é diretor executivo, é a principal razão para o aumento na fortuna pessoal de Elon Musk. Um panorama económico mais favorável para o investimento de risco e a forte procura por carros elétricos podem estar por detrás da alta cotação da empresa
Após ter temporariamente perdido o título para o francês Bernard Arnault, Elon Musk tornou-se novamente esta segunda-feira o homem mais rico do mundo, amealhando uma fortuna de 187 mil milhões de dólares (cerca de 176 mil milhões de euros).
Arnault, líder de um grupo empresarial de marcas de luxo, a LVMH, que conta com nomes como Louis Vuitton, Christian Dior ou Moët & Chandon, deteve o cobiçado título durante pouco mais de dois meses.
O aumento da cotação das ações da Tesla, uma empresa de veículos elétricos que Musk fundou e da qual é diretor executivo, foi a principal razão para a ultrapassagem. Subiu 70% desde o início de 2023 e o preço de cada ação é, neste momento, 100% superior aos mínimos alcançados em janeiro deste ano, fixando-se nos 207,63 dólares (cerca de 196 euros).
Como nota a Bloomberg, os últimos indicadores da economia global acalmaram os investidores, que, após perceberem que os níveis de inflação nos EUA e na Europa estão a recuar e que os bancos centrais poderão agora abrandar o ritmo de subida das taxas de juro, parecem dispostos a dedicar os seus fundos a ações mais arriscadas, como as da Tesla.
Elon Musk na chegada à festa de Halloween da modelo e empresária Heidi Klum
Segundo Tom Narayan, um analista financeiro citado no mesmo artigo, a forte procura por viaturas elétricas também contribuiu para o aumento na cotação da Tesla - empresa que continua a ser “o rosto” dos carros elétricos. "Acreditamos que há uma forte procura pelo produto Tesla mesmo perante mais concorrência neste mercado", acrescentou Narayan.
A fortuna de Musk chegou a ser avaliada em mais de 320 mil milhões de euros, mas o panorama económico pós-pandemia e guerra na Ucrânia, aliado ao comportamento errático de Elon Musk, que passou largos meses no ano passado consumido pela aquisição da rede social Twitter, acabando por comprá-la por 41 mil milhões de euros, levaram a uma descida significativa no preço das ações das suas empresas.