Internacional

Eva Kaili declara-se inocente e nega ter recebido dinheiro do Catar

Eva Kaili
Eva Kaili
Vladimir Rys/Getty Images

Advogado de Eva Kaili, vice-presidente do Parlamento Europeu acusada num escândalo de branqueamento de capitais e corrupção relacionado com o Catar, diz que a eurodeputada grega está inocente e nega ter recebido dinheiro

A vice-presidente do Parlamento Europeu e eurodeputada grega Eva Kaili, acusada num escândalo de branqueamento de capitais e corrupção relacionado com o Catar, declara-se inocente e nega ter recebido dinheiro, disse esta terça-feira um dos seus advogados.

“Não tem nada que ver com financiamento do Catar, nada, explícita e inequivocamente. É essa a posição dela”, disse Michalis Dimitrakopulos ao canal de televisão grego OPEN. O advogado acrescentou que Kaili, que está em prisão preventiva na Bélgica, “não exerceu nenhuma atividade comercial na sua vida”.

Quanto ao pai da suspeita, que, segundo a imprensa, foi detido quando tentava fugir com sacos cheios de dinheiro, o advogado esclareceu que as autoridades belgas não lhe impuseram condições restritivas e que, se quiser, “é livre de regressar à Grécia”.

A eurodeputada socialista, entretanto suspensa de todas as funções tanto na Grécia como no Parlamento Europeu, é uma de quatro pessoas detidas preventivamente. Estão acusados de alegada participação e, organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção relacionada com o Catar, país anfitrião da edição de 2022 do Mundial de futebol.

Companheiro também está acusado

Um juiz belga decidiu, domingo, acusar Kaili e outras três pessoas, incluindo o seu companheiro, o italiano Francesco Giorgi. A investigação foi aberta pela justiça belga por suspeitas de um lóbi ilegal do Catar para influenciar decisões políticas do Parlamento Europeu.

A Autoridade Grega de Combate ao Branqueamento de Capitais ordenou na segunda-feira a apreensão dos bens (imóveis, contas bancárias, empresas) de Kaili e dos seus familiares próximos no país, justificando que podem ser provenientes de atividades ilegais.

Os depósitos bancários da eurodeputada mais do que duplicaram em dois anos, segundo as suas declarações anuais de bens, disponíveis no portal do Parlamento grego.

Kaili, de 44 anos, faz parte da ala mais conservadora do partido socialista PASOK-Kinal. Tornou-se deputada em 2007 e eurodeputada desde 2019. Antes de entrar para a política, foi moderadora do canal de televisão grego MEGA, depois de estudar engenharia civil e arquitetura.

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