
A notícia sobre fim da polícia da moralidade não iludiu a população, que manteve uma greve geral de três dias por todo o país. “Foi propaganda para tentar apaziguar”, diz uma ativista iraniana ao Expresso
A notícia sobre fim da polícia da moralidade não iludiu a população, que manteve uma greve geral de três dias por todo o país. “Foi propaganda para tentar apaziguar”, diz uma ativista iraniana ao Expresso
Jornalista
A eliminação do Irão do Mundial do Catar foi celebrada com fogo de artifício nalgumas zonas do país. Team Melli, como é chamada a seleção iraniana, caiu aos pés do “Grande Satã”, como a República Islâmica identifica os Estados Unidos. Este desaire, que para os ayatollahs foi um embaraço, foi — por essa mesma razão — usada pelos manifestantes antirregime como arma de arremesso.
“Eles acreditam que, se o Irão ganhasse aos EUA, o Governo usaria o triunfo como propaganda política”, diz ao Expresso o investigador Javad Heirannia, do Centro do Médio Oriente da Universidade Shahid Beheshti, em Teerão. “Nesse sentido, após a derrota do Irão, houve muita gente a demonstrar felicidade. Consideraram isso um protesto contra o sistema político.”
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