Internacional

Em nome da justiça, generais de Franco já não podem repousar em paz

20 novembro 2022 19:47

Ángel Luis de la Calle

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

Gonzalo Queipo de Llano foi o mais recente militar franquista cujos restos mortais foram exumados de um monumento

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Por fim aplicada, a Lei da Memória Democrática mexe com sepulturas, nomes de ruas e títulos de nobreza

20 novembro 2022 19:47

Ángel Luis de la Calle

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

Um tapete espesso cobre o local onde, até 2 de novembro, se encontravam os túmulos do militar Gonzalo Queipo de Llano e da sua mulher, perto do altar-mor da Basílica da Macarena, uma das igrejas mais emblemáticas de Sevilha. Horas antes, os restos mortais do casal tinham sido exumados, como os do general Francisco Bohórquez. A operação deu-se em cumprimento da Lei de Memória Democrática, que entrou em vigor a 21 de outubro, após anos de tramitação.

A lei visa a reparação moral e material dos danos causados pela ditadura de Francisco Franco. Implica a revisão a fundo de um período muito obscuro da História recente de Espanha, iniciado com o golpe de Estado militar de 1936, passando pela Guerra Civil até 1939, e encerrado com a Constituição de 1978.