Israel: perfil de Itamar Ben-Gvir, o extremista que devolveu o poder a Netanyahu
Nasceu numa família secular, mas a Intifada radicalizou-o. O ódio aos árabes tornou o seu partido a terceira força de Israel
Nasceu numa família secular, mas a Intifada radicalizou-o. O ódio aos árabes tornou o seu partido a terceira força de Israel
Há que recuar uns bons 30 anos para se vislumbrar um raio de esperança no conflito entre israelitas e palestinianos. Em 1993, os Acordos de Oslo prometeram a paz, mas esse desejo não foi unânime. Dois anos depois do histórico aperto de mão entre Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, um jovem israelita era a voz da oposição e surgia, numa reportagem televisiva, a mostrar o símbolo de um Cadillac arrancado à respetiva viatura: “Chegámos ao carro dele, vamos chegar a ele também.”
“Ele” era o primeiro-ministro de Israel. Semanas depois, Rabin seria assassinado por um judeu radical, dentro do carro, após participar num comício pela paz em Telavive. Já o jovem que vaticinara o massacre de Rabin era Itamar Ben-Gvir, que na passada terça-feira foi o grande vencedor das eleições legislativas.
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