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Biden acredita que pode voltar a vencer Trump, e não prevê recessão nos Estados Unidos

Biden acredita que pode voltar a vencer Trump, e não prevê recessão nos Estados Unidos
LEAH MILLIS/Reuters

O Presidente mais velho já eleito nos Estados Unidos, a completar 80 anos este ano, adiatou que vai tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura às eleições presidencial em 2024. “Acredito que consigo fazer o trabalho”, declarou

O Presidente dos Estados Unidos disse acreditar que pode voltar a vencer o antecessor Donald Trump numa eleição, repetindo ainda não ter tomado uma decisão final sobre uma eventual candidatura presidencial em 2024.

"Acredito que posso vencer Donald Trump novamente", disse Joe Biden, em entrevista à televisão norte-americana CNN, na terça-feira, referindo que depois das eleições para o Congresso dos Estados Unidos, em novembro, irá entrar “num processo de tomada de decisão” quanto a 2024.

Sobre a idade, o Presidente mais velho já eleito nos Estados Unidos, a completar 80 anos este ano, Biden defendeu-se: "a questão é: 'consegue fazer o trabalho?' Acredito que consigo fazer o trabalho".

“Diga-me um presidente, na história recente [dos Estados Unidos], que fez tanto quanto eu fiz nos primeiros dois anos”, acrescentou Biden, cuja popularidade subiu ligeiramente nos últimos meses, de acordo com sondagens recentes.

Donald Trump manifestou, em várias ocasiões, a intenção de concorrer novamente como candidato do Partido Republicano, apesar dos problemas que o ex-Presidente tem tido com a justiça norte-americana.


Avisos à Arábia Saudita por decisão tomada com a Rússia

Joe Biden também admitiu a possibilidade de uma recessão económica nos Estados Unidos, mas disse que, a acontecer, será “muito ligeira”.

"Não acho que haverá uma recessão. Se houver, será uma recessão muito ligeira", considerou, na terça-feira, numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNN. "É possível [uma recessão]. Eu não prevejo isso", acrescentou.

Horas antes, numa atualização das projeções económicas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha revisto em baixa a previsão dos Estados Unidos para 1,6% em 2022, contra 2,3% em julho.

O próximo ano poderá ser ainda mais difícil, com a instituição a antecipar um crescimento de 1%, devido à redução do poder de compra dos consumidores, nomeadamente devido à inflação, acelerada pela subida do preço dos combustíveis.

Apesar do aumento, a aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, decidiu, em 5 de outubro, reduzir a produção em dois milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia da covid-19.

Joe Biden, que já tinha criticado a decisão, avisou a Arábia Saudita que "haverá consequências" pela decisão tomada "com a Rússia", sem adiantar que medidas poderão ser tomadas contra o tradicional aliado dos EUA.

Horas antes, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional explicou que Biden queria reavaliar a relação com a Arábia Saudita, na sequência daquela decisão, que poderá elevar o preço do barril a nível mundial e ajudar a Rússia a obter mais fundos para financiar a guerra na Ucrânia.

O Presidente norte-americano "está pronto para trabalhar com o Congresso para refletir como deverá ser essa relação bilateral", assegurou John Kirby. Na segunda-feira, Bob Menendez, líder democrata do Comité de Negócios Estrangeiros do Senado, a câmara alta do Congresso norte-americano, ameaçou bloquear qualquer venda futura de armas para a Arábia Saudita.

O senador Richard Blumenthal e o deputado da Casa dos Representantes, a câmara baixa do parlamento, Ro Khanna, (ambos democratas) foram mais longe e apresentaram na terça-feira um projeto de lei para acabar com essas exportações.

De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, a Arábia Saudita representou 24% do total de exportações de armas dos EUA entre 2016 e 2020.

O relacionamento entre os dois países "é estratégico" e "ajudou a reforçar a segurança e a estabilidade no Médio Oriente", disse a embaixada do reino saudita em Washington.

A cooperação militar bilateral "serve os interesses de ambos os países", acrescentou a embaixada, num comunicado divulgado na terça-feira.

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