Internacional

Nobel da Literatura encabeça manifesto a pedir manifestação contra aumento do custo de vida

Annie Ernaux, vencedora do Prémio Nobel da Literatura
Annie Ernaux, vencedora do Prémio Nobel da Literatura
CATI CLADERA

Além de Annie Ernaux, outras 68 pessoas assinam o manifesto, incluindo escritores como Pierre Lemaître ou Eric Vuillard, cineastas e intérpretes como Eva Darlan ou Mariana Otero, e numerosos professores e investigadores universitários, bem como ativistas

A galardoada com o Prémio Nobel da Literatura, Annie Ernaux, encabeça um manifesto assinado por quase 70 pessoas a apelar à participação na manifestação no próximo domingo,dia 16, em Paris, contra o aumento do custo de vida.

Os subscritores do documento, assinado na maioria por escritores, académicos e artistas, exortam à união de forças para protestar "contra o custo de vida e a inação climática".

"Perante o mercado extremo que corrompe tudo, perante a extrema-direita que aproveita a desolação para fazer avançar os seus peões racistas, sexistas e liberticidas, apelamos à união de forças na rua e para marchar juntos", afirmam no documento divulgado hoje no Jornal du Dimanche.

Além de Annie Ernaux, outras 68 pessoas assinam o manifesto, incluindo escritores como Pierre Lemaître ou Eric Vuillard, cineastas e intérpretes como Eva Darlan ou Mariana Otero, e numerosos professores e investigadores universitários, bem como ativistas.

O manifesto acusa o Presidente francês, Emmanuel Macron, de aproveitar a "inflação para aumentar o fosso da riqueza" e "evitar a tributação dos lucros" de capital.

"Os neoliberais andam a martelar-nos há 40 anos para que não haja alternativa. Não deixemos que os herdeiros de Thatcher destruam a esperança e liquidem os nossos direitos sociais", afirmam no manifesto.

Para os subscritores do documento, “outro mundo é possível”. “Com base na satisfação das necessidades humanas, dentro dos limites dos nossos ecossistemas”, sustentam.

A manifestação do próximo domingo foi convocada por vários partidos de esquerda, como o Socialista ou a França Insubmissa, mas não pelos comunistas ou pelos principais sindicatos, segundo a agência de notícias Efe.

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