Internacional

Popularidade de Liz Truss cai após congresso do partido conservador britânico

Liz Truss
Liz Truss
Handout/Getty Images
Sondagem do jornal The Observer nota que a popularidade da primeira-ministra britânica após o congresso anual dos tories é ainda mais baixa do que a de Boris Jonhson no auge do escândalo do Partygate

O índice de popularidade da primeira-ministra britânica, Liz Truss, desceu dez pontos percentuais desde a semana passada e após o congresso anual do Partido Conservador, de que faz parte, onde insistiu nos planos que tem para ativar o crescimento da economia. “Crescimento, crescimento, crescimento”, repetiu.

Segundo uma sondagem do The Observer, cresceu nove pontos, para 64%, o número de inquiridos que dizem “desaprovar” o trabalho da primeira-ministra britânica. Apenas 16% dos inquiridos se mostraram satisfeitos.

A popularidade de Truss é agora a pior registada para um primeiro-ministro numa sondagem para o The Observer, conta o jornal The Guardian. A classificação atual é pior do que a registada por Boris Johnson durante o escândalo Partygate, que envolveu festas privadas numa altura em que estavam proibidas por violarem as regras sanitárias do confinamento, e para Theresa May nas semanas anteriores à sua renúncia.

A sondagem sugere que a perceção de Liz Truss entre os eleitores inquiridos piorou, mesmo depois da sua participação no congresso do partido conservador, quando tradicionalmente os líderes veem um aumento no apoio depois dos discursos.

É um sinal preocupante para Truss, garante a imprensa britânica. Com a forte oposição que tem enfrentado, até dos próprios ministros, face aos planos para cortar impostos aos contribuintes mais ricos, a maioria dos eleitores (53%) acha que a primeira-ministra deveria renunciar à liderança do partido conservador.

Apenas 25% acham que Truss deveria continuar a ser a líder conservadora. Entre os inquiridos que apoiaram os conservadores na última eleição, 41% dizem que deveria permanecer no cargo, enquanto 39% dizem que deveria renunciar.

Depois de uma conferência conservadora caracterizada por discussões públicas entre ministros sobre imigração, impostos e Segurança Social, os eleitores ficaram “surpreendentemente esclarecidos” sobre que partido havia desfrutado da melhor conferência.

Questionados sobre a conferência do partido trabalhista, 44% disseram que correu bem, com 12% a considerarem que correu mal.

Acerca dos conservadores, apenas 19% consideraram ter corrido bem, com 49% a pensarem o contrário.

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