A guerra na Ucrânia “secou” a Assembleia Geral das Nações Unidas, emperrando negociações dentro e fora da sede da organização criada para “perpetuar a paz”
Discurso após discurso, a maioria dos líderes mundiais que participam na 77.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (AGNU) condenam a invasão russa da Ucrânia. Alguns tentam, também, que a crise alimentar global, agravada pela guerra, não seja relegada para um plano secundário, algo que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quis evitar, anunciando ontem um reforço de perto de 3 mil milhões de dólares para combater o flagelo da fome.
O primeiro-ministro, António Costa, fez o mesmo na intervenção de hoje, pedindo, por outro lado, que as sanções decretadas contra a Rússia “não ponham em causa” a produção de cereais e fabrico de fertilizantes.
A transmissão constante de imagens nos principais noticiários televisivos americanos encadeia as duas desgraças, mostrando populações subalimentadas no sul da Península Arábica ou no Corno de África, mas também o desespero no leste europeu, onde, nos últimos dias, o horror das valas comuns foi mais uma vez descoberto.
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