Tendo em conta a situação social e económica, Marques Mendes considera que "Angola precisa de um governo de unidade nacional", que junte o MPLA, o UNITA e cidadãos independentes
Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC, não se mostrou preocupado com a polémica eleitoral vivida em Angola. Contudo, tendo em conta a situação social e económica, afirmou que "Angola precisa de um governo de unidade nacional".
Nos últimos dias os resultados da eleições angolanas têm levantado suspeitas, nomeadamente pelo maior partido da oposição, o UNITA, que pediu a recontagem dos mandatos. Até ao momento, a Comissão Nacional de Eleições dá a vitória ao MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola).
Para Marques Mendes, "tudo isto era previsível", mas não é preciso "dramatizar". O comentador considera que não vai existir uma guerra civil, como houve em 1992, pois Angola está mais "matura".
Até porque, a própria CNE avisou que "os resultados não são definitivos".
No entanto, Marques Mendes declarou que "Angola é um barril de pólvora" e que, face à instabilidade social e económica - com os rastos da pandemia, a falta de emprego, a pobreza - "Angola precisa de um governo de unidade nacional, que juntasse o MPLA, o UNITA e cidadãos independentes".
Não sendo possível essa solução, tudo indica, até ao momento, que será o MPLA a ter o poder novamente. Contudo, o comentador considera que o MPLA apenas é o "vencedor eleitoral" e que, tendo em conta o histórico de queda nas eleições, não deverá ganhar nas próximas.
Já o UNITA é o "vencedor político" que teve uma capacidade de mobilização grande, nomeadamente dos jovens e "resultados recorde em Luanda".
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