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A estrada que não vai a lado nenhum. Reportagem no Afeganistão, um ano após o regresso dos talibãs ao poder

Homem afegão mostra a cicatriz da operação em que vendeu um rim para poder comprar comida para alimentar a sua família
Homem afegão mostra a cicatriz da operação em que vendeu um rim para poder comprar comida para alimentar a sua família
WAKIL KOHSAR/AFP/Getty Images

Um ano após a reconquista de Cabul pelos talibãs, a pobreza agravou-se e as liberdades desapareceram. Mesmo assim, ninguém tem saudades dos ocidentais

Francesca Borri, em Cabul

“Se quiser algo realmente afegão, veja isto”, diz o negociante de sucata, entre capacetes e outros artigos militares britânicos. E entrega-me um guia da Lonely Planet: “1973. The Hippie Trail” (O Trilho Hippie), a viagem terrestre à Índia de jovens europeus. Este tipo de viagens esteve na origem da Lonely Planet.

Ao entrar vinda do Irão, Herat é a primeira paragem afegã. Continua plena de luzes e cores. De vida. Herat é o que o Afeganistão teria sido sem as suas incontáveis guerras. No entanto, a primeira criança que se vê não tem livros na sua mochila, tem plástico. Não está a regressar a casa depois da escola, está a remexer no lixo. Porque a guerra aqui ainda não acabou, apenas mudaram as armas.

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