O menino de 12 anos que sofreu danos cerebrais irreversíveis depois de jogar um desafio do Tik Tok, que consiste em apertar o próprio pescoço até desmaiar, em abril deste ano, morreu este sábado depois de terem sido desligadas as máquinas de suporte de vida.
A mãe, Hollie Dance, disse à entrada do hospital que é "a mais orgulhosa do mundo", escreve a Sky News.
"Archie era um rapaz tão lindo e ele lutou até ao fim, e estou muito orgulhosa de ser a sua mãe", afirmou.
"Foi-lhe retirada a medicação às 10h, e o seu estado manteve-se inalterado até duas horas depois de terem removido o ventilador". disse, Ella Rose Carter, a noiva do irmão mais velho de Archie, Tom, falando em nome da família, pode também ler-se na Sky News.
O menino de 12 anos esteve no centro de uma batalha legal depois de ter ficado gravemente afetado num incidente ocorrido em casa, em Southend, Essex, no mês de abril.
Luta contra o tempo
Os pais foram conseguindo adiar o inevitável com o argumento de que pretendiam que Archie Battersbee tivesse uma morte natural. O rapaz esteve em coma e a receber suporte artificial de vida desde abril. A família pedia que o menor fosse transferido para um estabelecimento de cuidados paliativos, mas os médicos alertaram quanto ao "risco considerável" inerente à transferência, detalhou a BBC.
Na quarta-feira, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos recusou um pedido dos pais de Archie Battersbee para adiar a suspensão do tratamento, que permite, desde abril, que o pré-adolescente mantivesse ativos os sinais vitais. O menor deveria ter sido desligado das máquinas na quarta-feira, mas o procedimento foi adiado para que a alta instância de justiça europeia considerasse o recurso da família. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos acabou por dizer que "não interferiria" nas decisões dos tribunais do Reino Unido, que decretaram a interrupção do tratamento.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cpombo@expresso.impresa.pt